Diário de Bordo - Dia 04
(28/11/2018)
Posição: 23 32 N 020 01 W
Milhas navegadas: 138 nm
Milhas para chegar: 2385 nm
Velocidade média para o destino: 6.2 nós
Acordei às 10h50 para ver se estava tudo bem. Mirella ainda estava no comando do veleiro e se sentia bem. Disse que comeu alguma coisa de café da manhã.
Colocamos a vara de pesca para ver se pescávamos algo para acompanhar o arroz de abobrinha que eu ia fazer. Nada de peixe até a hora do almoço... Incrementei champinhon no arroz e foi o que almoçamos.
Navegamos no rumo 235 graus até às 17h e começamos a faina das velas para dar o jaibe. Nesse momento ouvimos o alarme da vara de pesca que corria a linha para dentro da água. Demos um tempo na manobra para tentarmos recolher o jantar. O peixe parecia grande, pois custava para cansar. Quando finalmente conseguimos recolher a linha, tiramos a isca sem vestígios do nosso prêmio... Deixamos a vara de lado e voltamos aos cabos e velas para mudar o rumo.
Descemos o pau de spinakker para prendê-lo na escota de boreste e voltamos a subir o pau no mastro.
Alexandre ficou no leme e eu fiquei responsável pela escota da grande. Conforme o Alexandre guinava para bombordo, eu caçava o cabo para centralizar a retranca, até o momento exato que o veleiro tomasse seguimento para o outro bordo. Lentamente soltei o cabo do enrolador da genoa que abriu a vela para boreste, junto com o vento. Agora estávamos no rumo 270 graus, ou seja, direto para o oeste, onde está o Caribe!
De noite, Mirella e eu jantamos a mesma comida do almoço. Alexandre preferiu jantar depois.
Fui deitar por volta de 19h, com a expectativa de dormir até às 2h da manhã para iniciar o meu turno. Alexandre ligou o motor para carregar um pouco as baterias e eu não consegui dormir até pelo menos 22h... Acordei no horário do meu turno e perguntei se o Alexandre estava bem para tocar mais um pouco o barco. Ele disse que sim e eu voltei pra dentro. Da cama da sala, pude ouvir que a Mirella não estava legal emocionalmente e recebia apoio e carinho do Alexandre. Isso aconteceu de madrugada, juntamente com os ventos que começaram a aumentar e as ondas a crescer. Da cama da sala, onde eu estava deitado, eu conseguia ver o Alexandre tendo que trabalhar muito para manter o barco navegando em linha reta, enquanto ele ainda tentava consolar a Mirella. Realmente, os primeiros dias estavam sendo difíceis para ela. Peguei no sono e dormi por mais 2 horinhas antes de assumir meu turno de navegação pela longa madrugada a seguir.
😍Foto MARAVILHOSA!!!!!!!!!
Quanto tempo para sua amiga levou p estabilizar emocionalmente na viagem? Imagino que deve ser uma montanha emocional..um dia medo, outro saudade, outro empolgação por uma aventura desse porte! Boa jornada!
Q Deus te acompanhe sempre Max Tmj