Diário de Bordo - Dia 20
(14/12/2018)
Posição: 15 30 N 056 49 W
Milhas navegadas: 125 nm
Milhas para chegar: 255 nm
Velocidade média para o destino: 5.4 nós
O meu despertador tocou pontualmente à meia noite. Coloquei mais 15 minutos para tentar dormir um pouco mais. Não tinha conseguido descansar o quanto eu esperava, pois estava muito quente dentro do barco. Mas eu precisava assumir meu turno e assim levantei e fui para o cockpit. Mirella tinha servido uma porção de quinoa para o Alexandre e outra para mim, esperando que eu também fosse comer. Me sentei ao lado do Alexandre e comemos juntos enquanto conversávamos. A lua estava linda no céu e essa era uma das noite mais bonitas pelas quais passamos. Mirella foi deitar às 12h40, enquanto Alexandre e eu conversamos um pouco sobre como tinha sido o turno pelas últimas horas.
Comemos umas frutas secas. Ele me passou o comando do barco e eu notei que o leme estava mais pesado do que de costume. Ele disse que poderiam ser algas presas no leme. Ao longo da noite a sensibilidade iria melhorar. Alexandre só foi deitar à 1h20 da manhã. Eu disse a ele que eu aguentaria velejar por algum tempo a mais do que o combinado, assim ele também poderia descansar mais. Combinamos que às 5h30 ele voltaria ao cockpit. A lua se escondeu atrás das nuvens à 1h40 antes de se pôr no horizonte a minha frente. Às 3h10 da manhã eu achei uma garrafa de rum rolando no cockpit. Resolvi animar meu turno e tomei alguns goles enquanto ouvia música para passar o tempo. Alexandre voltou no horário combinado e assim eu fui deitar para descansar.
Quando amanheceu, Mirella foi ao cockpit se juntar ao Alexandre e iniciar o turno dela. Eu abri os olhos às 11h30, mas fiquei deitado até o meio dia. Com o balanço interminável do barco a navegar, parece que os músculos ficam o tempo todo se contraindo e se esforçando para manter o equilíbrio. Isso faz com que, mesmo estando deitado, eu me canse no descanso... Me juntei à Mirella no cockpit e o Alexandre foi deitar na sala. Às 12h30 eu assumi o barco para que a Mirella relaxasse um pouco. Levei o barco por 2h seguidas e, antes de passar novamente para ela, pegamos a melhor chuva da viagem. Os ventos trouxeram um squall gigante. Registramos rajadas de 41 nós. Pude sentir a força da natureza na ponta dos meus dedos que brigavam com a roda de leme para manter o curso do veleiro. A cada sopro de vento, o barco pedia para orçar mais e mais. Mas eu estava vibrando com aquilo. Como eu estava no comando, Mirella e Alexandre, que acordou com a movimentação, ficaram dentro do barco na área protegida. Apesar da chuva só ter durado 10 minutos, esse momento foi o mais empolgante do dia pra mim. Com o fim desse intenso fenômeno da natureza, o sol voltou a brilhar e a castigar nossa pele.
Às 15h30 Alexandre identificou um estai do barco com fragilidade. Tentamos dar uma solução para reforçar o material, mas chegamos à conclusão de que, como estamos relativamente perto do nosso destino, não teríamos problemas até chegarmos em Saint Lucia. Mirella ficou no comando do barco e eu desci para preparar um lanche de atum para todos. Com o forte calor, queríamos mesmo algo mais leve de almoço. Às 17h um dourado gigante fisgou nossa isca, mas, como o barco avançava cortando as ondas sem parar e o bicho era grande, perdemos o pescado e, inclusive, a isca. Tivemos que recolher a linha vazia.
Às 18h eu fui me deitar para descansar um pouco e atualizar nosso diário de bordo. Às 19h escutei a Mirella e o Alexandre conversando no cockpit. Eles pareciam precisar de alguma coisa, mas não me chamaram. Eu corri para ver o que estava acontecendo e o Alexandre me pediu ajuda para darmos o jaibe. Com a variação dos ventos e com a proximidade do Caribe, precisávamos começar a descer para não sairmos do rumo para Saint Lucia. Ajustamos as velas e eu voltei a descansar. Alexandre ficou de me chamar quando estivesse cansado de levar o barco.
Woohoo!!!!!Sanduíche MARAVILHOSO!!!!!!Tem lugar para mais uma BIKE aí AMOR????
AMO ATUM. 😜😍😃
😍
SENSACIONAL